Ah, se eu fosse algum parnasiano Como seria bom viver! Ou fosse eu algum árcade ou bossa-nova! tudo forma todo molde Ah, como seria doce e como seria leve! Viver de brisa como vive a brisa e de orvalho como o próprio orvalho... Mas que nada... sou mais B arroco que Tropicália, mais B yron que João Gilberto... Como do tarô a morte o enforcado, a torre, o diabo... sou este ser assim pesado este avesso em si mesmo talhado este des mo ro na men to... um atraso, um ataque um pileque, uma ressaca... Este quase esquecimento de nomes e datas Este peso Este peso Se não fosse o peso do que sou se não fosse o peso... Ah, seria eu um poema a flutuar parnasiano numa praia lerda num postal ... antes da faísca, depois do Carnaval ... antes do cisto, depois ... bem depois do Natal
A vida é este adultescimento que aparece e nos faz parecer velhos e cheios de experiência; o problema e que sofremos mesmo assim, cheios destas tais experiencias. Estagnação e caminhada, somos todos os dias assim, ás vezes rindo , outras chorando e arrependendo-se, seguindo em frente. Circulo sem fim. Mas o tempo, este tempo,principalmente o que nos engasga e nos torna roucos , parece não ter fim.
ResponderExcluirMUITO LINDOOO!!!!
ResponderExcluirPerfeito :)!!!! Lindo mesmo, Le o tempo é assim,inconstante, ele não para, lágrimas vividas/não vividas - , o sonho não realizado/realizado - como bem disse Sebastião Figueiredo: ESTAGNAÇÃO E CAMINHADA, interessante a forma de dizer que a vida é um ADULTESCIMENTO. Circulo sem fim - que nos engasga e até nos cala. O calo me cala...
ResponderExcluirObriqado...
Excluirbom ter esta troca por aqui