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Mostrando postagens de setembro, 2014

RETRATO

Esta imitação em que me transformei  às vezes desconheço... este autorretrato desfocado nada mais diz de mim nem do que pensei ter sido um dia tampouco fala do pouco que ainda sonho ser... Este origami de mim não sou eu - não sou eu - mas finge tão bem, que às vezes  até me vejo no espelho  às vezes me noto no negativo da foto ... e vez ou outra - eu quase me pertenço

O OUTRO

Há algo em mim... que estou conhecendo agora o estranho não é conhecer agora, o estranho é saber que tenho sido um estranho a viver dentro de mim a caminhar meus passos a repetir meus versos há tanto tempo, meu Deus, que agora meus passos, meus versos...  já nem são mais meus

PONTE

Se, às vezes, a dor em mim me dói mais fundo e o mundo me pesa tanto que fechar a porta do quarto e deixar tudo lá fora é a melhor maneira de continuar em mim E se meus olhos abertos só enxergam caminhos fechados se meu peso pesa mais que as lembranças e os passos dados... o que me salva é seu cuidado... é saber que por mais fechada a porta seu amor vai chegar e abrir vai entrar e me tirar do fundo de mim Sem você, meu fundo seria mais fundo... e meu medo o maior do mundo. Agora posso até fingir que não sou triste.