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Mostrando postagens de maio, 2013

ENREDO DE MINHA MÃE

Muitos dizem... ah, se eu fosse mãe, eu faria assim, eu seria assim - e tudo e tal... e uma mãe - simples - com olhar de mãe, voz de mãe, abraço, colo, perdão, ternura tanto sim e tanto não,  saudade, tempero, puxão de orelha, incerteza, noites de olheira, remédio caseiro, rezas histórias mentirinhas compotas de amor caseiro vem e desmente tudo  e desmonta tudo remonta tudo e tal... e aí tudo tudo é pra lá de carnaval com enredo, fantasia,  muita história pra contar, muita festa, muito samba, alegria e saudade um dia... Lá na apoteose, depois do desfile - mãe - de toda uma vida, que mesmo bem vivida, há de ser pouca, sempre pouca, pra quem no seu enredo se enredou e no seu tempero foi que aprendeu a vida cozinhar.

CICLO

(nada na vida é mais emocionante que a própria vida)

Pequeno poema do pobre que ensaiava as rimas do seu cordel

(H)ORAS

BEM AVENTURADOS OS ESCOLHIDOS  PELA POESIA! PERMITA DEUS QUE A POESIA HABITE EM MIM AMÉM. SOMENTE O POEMA QUE HÁ EM MIM ME FAZ POETA E NADA MAIS NA RIMA PERFEITA DOS PLANETAS VEJO O QUANTO É FALHO O MEU POEMA

CANÇÃO DIMINUTA

ALTAR

APRENDIZ DE ILHA

Sei que sou só um aprendiz velho em busca de sensações já quase esquecidas...  Estou aqui dentro do baú do quarto dos fundos.  Dele tirei todas as fotos antigas - lamentei pelas muitas que rasguei. Prematuras lembranças mortas nas caras que rasguei. Toco nelas. Esfrego-as contra a minha face. Tento furtar-lhes, talvez, um resquício de odor - só bolor, certamente, desses anos todos - trancadas.  As fotos se desmoronam quando não as olhamos sempre, são como ilhas que se afundam de tristeza se o mar as abandona na maré baixa. Pensam os tolos que é a maré subindo - qual o quê - é a ilha que se derrete em sua própria solidão. Sou dessas ilhas agora. Cá estou eu dentro do baú das minhas memórias já sujas, emperradas - com calos no canto dos olhos - e doloridas quando nelas se pisa.  Estou em busca daquilo que senti  a primeira vez que comi algodão doce com a Aninha da dona Rosa quitandeira.  Era tão doce.  Tão doce o algodão doce e a Aninha e a dona Ros