A cara no quadro na parede da sala da casa da rua Antônio Bezerra da cidade de São Paulo no Estado de São Paulo no Brasil na América do Sul no hemisfério sul no planeta terra no sistema solar na via láctea no universo... este mísero, ínfimo, infame, faminto universo fêmea em que a cara está presa pra sempre no quadro preso pra sempre na parede presa pra sempre na casa presa pra sempre na rua que prenderam pra sempre a um nome cujo dono ela nem conheceu - nem ela nem eu. Eu que olho minha cara presa na cara presa no quadro da parede que vai, aos poucos, ficando velha como o resto todo deste universo fêmea, faminto, infame, ínfimo e mísero em que me encontro sem espaço pra sobreviver a mim e a expansão do que há dentro em mim. Em mim, não no quadro nem na parede nem na casa nem na rua, muito menos no Antônio que emprestou o nome à rua que aprisiona a casa que aprisiona a parede que aprisiona o quadro que aprisiona a cara que aprisiona eu.
A vida é este adultescimento que aparece e nos faz parecer velhos e cheios de experiência; o problema e que sofremos mesmo assim, cheios destas tais experiencias. Estagnação e caminhada, somos todos os dias assim, ás vezes rindo , outras chorando e arrependendo-se, seguindo em frente. Circulo sem fim. Mas o tempo, este tempo,principalmente o que nos engasga e nos torna roucos , parece não ter fim.
ResponderExcluirMUITO LINDOOO!!!!
ResponderExcluirPerfeito :)!!!! Lindo mesmo, Le o tempo é assim,inconstante, ele não para, lágrimas vividas/não vividas - , o sonho não realizado/realizado - como bem disse Sebastião Figueiredo: ESTAGNAÇÃO E CAMINHADA, interessante a forma de dizer que a vida é um ADULTESCIMENTO. Circulo sem fim - que nos engasga e até nos cala. O calo me cala...
ResponderExcluirObriqado...
Excluirbom ter esta troca por aqui