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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

E-MAIL

Ah, e as surpresas que a Vida traz!  As trilhas e os arranjos que Ela faz... E quando uma armadilha (de braços e pernas) é tudo  o que se quer pra cair  e de dentro dela nunca mais tentar fugir? E quando um 'não' vai – devagarzinho - virando 'sim'  e dois vão – apertadinhos - virando um... E de repente, como diz o poeta, não mais que de repente,  É real – e de tão real – isto nem é um poema  – Pois do irreal é que vive a poesia – Isto é só um e-mail a mais –  Com verso, carinho, choro baixinho, gemido, beijo e reticências Muitas reticências  - para que nossos e-mails fiquem sempre no meio E nunca, nunca cheguem ao fim.

PRECIPITAÇÃO

Parece precipitação - e é mesmo - eu sei, Atirei-me no precipício de um amor, E agora só me resta cair -  e esperar que haja uns braços lá embaixo pra me abraçar e uns  beijos lá embaixo pra me acordar porque sei que essa queda, essa precipitação... ah, isso tudo... Eu sei que isso tudo vai me desmaiar!

NA CASA DE AREIA

E de repente – sim - assim bem de repente – as expectativas – as perspectivas que alguém um dia desenhei pra mim – desvanecem qual areia na casa de areia engolida pela duna. Minha casa de areia cheia de móveis velhos – imóveis. Em cada móvel, guardei um sonho e quando a areia tudo cobriu de areia, não deu tempo de nenhum sonho salvar. Agora estou aqui – olhando a casa – o lugar da casa – onde um dia alguém plantei uma casa – comida por areia – estou aqui e a casa não está mais – nem ela nem seus móveis com meus sonhos dentro. Eram sonhos – dirão – e o que são sonhos senão sobrados vazios na tempestade de areia? A verdade é que embaixo da duna, sob o peso da areia – os sonhos estão lá – nos móveis ainda mais imóveis agora – meus sonhos me esperam velhos de mim e velhos de si. Estamos assim, agora, meus sonhos e eu – esperando... esperando. Passo dias e dias a esperar. Às vezes vou até a janela que alguém inventei pra mim e olho a rua – imagino uma rua e dou a ela um nome, d