A cigarra de hoje foi a ninfa de ontem com carapuça e garras
E se hoje vive a cantar - não é porque não gosta de trabalhar -
como a fábula nos fez pensar.
Mas sim porque aprendeu a dar valor
a tudo aquilo que conquistou
na dor de rasgar a própria dor
pra ser cigarra, cigana e livre.
Livre das garras e do peso da casca dura
do peso de seu corpo, de sua própria arquitetura
Livre de sua história, ela agora canta simplesmente,
Intensamente...
Só quem nunca precisou vencer a própria vida pra viver
é que pode deixar de cantar a vida pra se preocupar em como a vida viver
Comentários
Postar um comentário