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Mostrando postagens de abril, 2011
A coisa mais triste do fim é um acostumar-se com a ausência do outro... Não me deixe nunca achar tua falta  uma coisa normal Não é normal não te ter comigo forever - não é normal. Eu não quero nunca me acostumar com este cômodo vazio que se mudou para dentro de mim quando falamos de fim Estamos nos acostumando? E como vai ser ser de novo só eu? Não me ensine a ser de novo só eu - isto não quero aprender Não contigo - meu amor - que só doçura me ensinou.

SAUDADE

Hoje nem seu alô ouvi ao pé do meu ouvido... E me acinzentou o dia - chovia e o para brisa embaçou - chovia dentro do carro. Dentro de mim.  Eu embacei. Como eu sei que chegou ao fim o meu dia se faltou seu durma bem pra eu dormir bem? Vou fingir que a meia noite nunca há de chegar e que para sempre será 12 e será sempre abril no meu eterno janeiro e eu serei sempre seu. Hoje não posso nem escrever poesia. Isto? Não, isto não é poesia - É saudade.
Por que me dói assim a escolha que eu mesmo escolhi? Velha sensação nova Sinto como o menino que perdeu a mãe e não tem hora pra voltar. Sinto que o caminho de volta podia ser mais longo - afinal ninguém me espera. Pra que chegar em casa se não há ninguém a me esperar? Pra que me apressar e atravessar o sinal amarelo? Deixe que ele fique vermelho! Deixe que ele me pare e que parado eu fique. Por que é tão difícil um sinal vermelho entre nós? Por que eu quero tanto ser seu mais uma vez cada vez que acabo de ser seu? Brinca comigo agora, meu amor. Deixe-me fazer de conta que ainda sou seu namorado. Me conta uma história qualquer - daquelas que eu custo a acreditar - me mostra o pau brasil e o tempero mais mineiro ou então, pelo menos, ensina um jeito de eu ficar inteiro sem a minha metade que mora aí com você. Vem morar em mim de novo!

A VOZ

Onde está sua voz para ler meus poemas? De nada me valem os poemas se não tenho voz para lê-los. Pobres poemas ófãos - eles desconfiam de seu adeus e já não querem mais rimar. Pobres poemas órfãos! Ontem enquanto me lia para mim - e eu ouvia sua voz a me contar coisas de mim - esqueci que o tempo existe e que os amores nem sempre resistem. Ouvir sua voz é assim: decifra-me enquanto me faz esquecer das coisas, do mundo e de mim. Onde está sua voz me revelando devagar? Onde está sua voz que me morde e me arrepia quando diz meu nome sem falar?  Um eco ao menos, deixe-me um eco quando gritar meu nome antes de dormir.

O COLECIONADOR

AMANHÃ

Hoje não verei meu amor - hoje faz eclipse nos meus olhos - chovo pensamentos turvos. Sei que atrás das nuvens, existe um sol me esperando de braços abertos, sorriso nos olhos, brilho nos lábios. Quero um sol inteiro - 48 horas de sol - sem escurecer jamais - sem nunca acordar de dormir nos braços do meu sol. Hoje não verei meu amor - mas sei que atrás do eclipse - ele está brilhando por mim! Esperando por mim com vinho, queijo e o melhor beijo! Amanhã serei do meu amor.