Meus olhos andam por caminhos avessos - às vezes - e nem sempre há retorno depois da curva. Se houver, nem por isso devo voltar, afinal, voltar é para quem pensa que o que vale é a chegada - para mim, o melhor é o ir - sempre - por isso este eterno sair de mim - este eterno ir de mim a mim - este ir - assim - sem volta, sem fim.
Ah, se eu fosse algum parnasiano Como seria bom viver! Ou fosse eu algum árcade ou bossa-nova! tudo forma todo molde Ah, como seria doce e como seria leve! Viver de brisa como vive a brisa e de orvalho como o próprio orvalho... Mas que nada... sou mais B arroco que Tropicália, mais B yron que João Gilberto... Como do tarô a morte o enforcado, a torre, o diabo... sou este ser assim pesado este avesso em si mesmo talhado este des mo ro na men to... um atraso, um ataque um pileque, uma ressaca... Este quase esquecimento de nomes e datas Este peso Este peso Se não fosse o peso do que sou se não fosse o peso... Ah, seria eu um poema a flutuar parnasiano numa praia lerda num postal ... antes da faísca, depois do Carnaval ... antes do cisto, depois ... bem depois do Natal
as vezes tambem me sinro assim...ir para sempre e nunca mais voltar, nem pra ver o que ficou, nem pra ver o q cresceu...so' viver um dia apos o outro ate o caminho acabar.
ResponderExcluirÉ Le, você é realmente incrível, suas palavras são expressões magnifica da roda da vida desse ir e vir, dos desencontros, dessa busca incessante do auto conhecer...caramba vc é porreta de bom rsrs te adoroooooo, já falei e repito sou sua fã de carteirinha. rsrs bjs saudades muitasssss...
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