Se o ponto final fosse fácil não haveria tantas vírgulas. Mas nem as reticências salvam as pontes antes do desmoronamento. Ao rio cabe apenas passar - levar um pouco de cada margem e passar - outro rio virá. Será, na verdade, o mesmo rio, só as águas é que serão outras. Mas o que importa mesmo na vida é quanta água passa debaixo da ponte antes do ponto final.
Não sinto falta de mim quando me despedaço e vou Sinto que sobra espaço no que me fica quando me despeço e voo e se a palavra sair calada não espanta, apanha o silêncio e escuta vigia meu sono devagar e não me deixe nunca perder seu rastro perder seu signo no mormaço - saciado cio - do nosso olhar: altar do meu sair sempre pra fora de mim...
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