Pular para o conteúdo principal

DECLARAÇÃO

O que te faz meu par em tudo não são seus olhos a me espelhar nem é seu corpo em que me perco - "em que me afogo de paixão". Não é ainda seu beijo no sem peso do pôr-do-sol. Nem é a lua que eu vi e você não - ela preferiu a mim naquela noite.
O que te faz meu par em tudo é o jeito como você conta nossa história aos outros. O que te faz meu par é o jeito com que me abraça enquanto me ama, é seu fogo que me queima devagar para não doer. O que te faz meu par não são seus lábios, somente, mas é o que eles fazem dos meus quando me beijam... Não são suas mãos, mas o que elas descobrem em mim quando me invadem. São suas palavras quando me emudecem.
O que te faz meu par são os sussurros no ouvido e as gargalhadas na cama. Rir de nós, do nosso desejo, das nossas horas juntos... rir da vida - é assim que quero passar a vida: rindo dela ao seu lado.
Isso tudo é o que te faz meu par em tudo.

Comentários

  1. Que fofix; típico do dia dos namoradOs;
    Romântico, limpo, direto, apaixonante, gostei... ri da vida por ler um texto assim...
    Quero alguém assim...

    Bom finde

    BRUNO SOARES DE OLIVEIRA

    ResponderExcluir
  2. Profundo. Realmente uma declaração digna de que ama e sente o verdadeiro amor por seu par. Gostei muito!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

MORMAÇO

Não sinto falta de mim  quando me despedaço e vou Sinto que sobra espaço no que me fica quando me despeço e voo e se a palavra sair calada não espanta, apanha o silêncio e escuta vigia meu sono devagar e não me deixe nunca perder seu rastro perder seu signo no mormaço - saciado cio - do nosso olhar: altar do meu sair  sempre pra fora de mim...

JANEIRO

Quero um ano inteiro de janeiros. Quero anos inteiros só de janeiros. Que todo dia seja ano novo. Que, no céu, fogos de reveillon iluminem as noites todas dos meus dias de janeiro. De repente toda canção foi feita para nós, todas elas te cantam nossa história e me contam dos teus dias sem mim. E todo arco-íris que vejo tem uma cor a mais: o moreno da tua pele morena. Quero um ano inteiro de janeiros. Quero as estações todas misturadas no cheiro do teu corpo suado: verão de me queimar os lábios, inverno de gelar meu sangue de prazer, primavera de me trazer flores no almoço e outono de anoitecermos juntos numa estrada a cem por hora. E agora o que fazer comigo quando vais embora de mim? O que dizer aos meus lábios que só querem beijar? E o que dizer ao meu corpo em chamas voando baixo nesta cama imensa em que já não posso dormir? Quero mil anos feitos todos de janeiros e janeiros eternos só para que me conte histórias de tuas idas e vindas pelo mundo sem cor de antes de me conhecer, pa

A VOZ

Onde está sua voz para ler meus poemas? De nada me valem os poemas se não tenho voz para lê-los. Pobres poemas ófãos - eles desconfiam de seu adeus e já não querem mais rimar. Pobres poemas órfãos! Ontem enquanto me lia para mim - e eu ouvia sua voz a me contar coisas de mim - esqueci que o tempo existe e que os amores nem sempre resistem. Ouvir sua voz é assim: decifra-me enquanto me faz esquecer das coisas, do mundo e de mim. Onde está sua voz me revelando devagar? Onde está sua voz que me morde e me arrepia quando diz meu nome sem falar?  Um eco ao menos, deixe-me um eco quando gritar meu nome antes de dormir.