A cara no quadro na parede da sala da casa da rua Antônio Bezerra da cidade de São Paulo no Estado de São Paulo no Brasil na América do Sul no hemisfério sul no planeta terra no sistema solar na via láctea no universo... este mísero, ínfimo, infame, faminto universo fêmea em que a cara está presa pra sempre no quadro preso pra sempre na parede presa pra sempre na casa presa pra sempre na rua que prenderam pra sempre a um nome cujo dono ela nem conheceu - nem ela nem eu. Eu que olho minha cara presa na cara presa no quadro da parede que vai, aos poucos, ficando velha como o resto todo deste universo fêmea, faminto, infame, ínfimo e mísero em que me encontro sem espaço pra sobreviver a mim e a expansão do que há dentro em mim. Em mim, não no quadro nem na parede nem na casa nem na rua, muito menos no Antônio que emprestou o nome à rua que aprisiona a casa que aprisiona a parede que aprisiona o quadro que aprisiona a cara que aprisiona eu.
PALAVRAS NA POESIA DA PROSA NOSSA DE CADA DIA Blog de poesia e prosa ou prosa e poesia - enfim - textos, versos, rimas e não-rimas - sentimentos transformados (transtornados) em palavras. Para cada instante um texto. Para cada texto uma vida inteira
Os olhos só vêem o que se quer ver meu caro Leandro,abçs.
ResponderExcluireu gosto de arte,gostei do poema, mas deste tipo de representação não, caro leandro.não quero ser representado assim por uma bandeirinha colorida e engraçada. Sou muito Brasil e muito bem criado para defender com uma bandeira colorida uma sebe de pessoas sem carater, sem honestidade, sem percepção da realidade cultural que vivem, promiscuas e vai por ai. Enfim entregue as baratas às baratas, eu vou passar pela calçada e elas vão para o bueiro. a vida poeta é vida e não e colorida é só a vida nos mandando pra frente, e tudo muito fácil os pressupostos, aleijados, é que a complicam. te desejo boa luta. ( hoje estou faca e corte) abraços.
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