Sempre tive aversão a cobranças
Sejam bancárias, telefônicas, imobiliárias... Sejam de "amigos".
Não se cobram amizades, como não se cobram amores - ou se é amigo ou não se é - aliás, esta é a essência, a própria alma da amizade.
Existe sempre aquele amigo de quem eu passo meses sem ouvir a voz e aí, de repente, eu o encontro e parece que nos falamos há um minuto. Trocamos um abraço que não é só de corpo, é de alma - trocamos um olhar - que fala mais que todas as palavras e que todo o silêncio do tempo do silêncio. E não há cobrança alguma. Há uma cumplicidade - um sabe que o silêncio do outro não foi falta de amor, foi excesso de vida a viver, de luta a lutar e de dias curtos demais com tanto a se vencer.
Mas há amigos que são bons com palavras e nos fazem bem quando falam - mas é só isso. São amigos que no silêncio se calam de verdade. Amigos que depois da distância, na hora do encontro, viram hiato e não ditongo. Palavras são como embrulhos de presentes - podem ser lindas - mas o que realmente importa é o presente dentro delas.
Hoje estou nestes dias em que quero o presente e não a embalagem - quero presentes meus amigos ditongos - aqueles dos silêncios repletos de melodia que só os olhos entendem e que nem o tempo nem o espaço separam. Há amigos que estão a uma esquina de mim e que precisam de um transatlântico para um abraço, enquanto há aqueles que - do Japão - me jogam seu coração num estilingue - e me fazem companhia antes de eu dormir ouvindo passarinhos cantando só para mim.
Amigos de verdade - desses que se ouvem no silêncio, que se escutam sem palavras, que se tocam mesmo na distância ... esses amigos são naus que atravessam tempestades terríveis e, mesmo assim, escapam, milagrosamente, intactas, fortes e com a certeza de que nada mais as afundará, pois nada lhes é superior na força e na delicadeza.
Quero muitos amigos assim ao meu redor. Os da esquina podem ficar em casa assistindo ao filme que termina pouco depois da meia-noite. Aos que se lançam ao mar por mim - estarei sempre aqui com pulmões para respirarmos juntos.
Estaremos sempre um. Porque amigos de verdade nunca são plurais - dois amigos de verdade são sempre um. Sempre singular.
Sejam bancárias, telefônicas, imobiliárias... Sejam de "amigos".
Não se cobram amizades, como não se cobram amores - ou se é amigo ou não se é - aliás, esta é a essência, a própria alma da amizade.
Existe sempre aquele amigo de quem eu passo meses sem ouvir a voz e aí, de repente, eu o encontro e parece que nos falamos há um minuto. Trocamos um abraço que não é só de corpo, é de alma - trocamos um olhar - que fala mais que todas as palavras e que todo o silêncio do tempo do silêncio. E não há cobrança alguma. Há uma cumplicidade - um sabe que o silêncio do outro não foi falta de amor, foi excesso de vida a viver, de luta a lutar e de dias curtos demais com tanto a se vencer.
Mas há amigos que são bons com palavras e nos fazem bem quando falam - mas é só isso. São amigos que no silêncio se calam de verdade. Amigos que depois da distância, na hora do encontro, viram hiato e não ditongo. Palavras são como embrulhos de presentes - podem ser lindas - mas o que realmente importa é o presente dentro delas.
Hoje estou nestes dias em que quero o presente e não a embalagem - quero presentes meus amigos ditongos - aqueles dos silêncios repletos de melodia que só os olhos entendem e que nem o tempo nem o espaço separam. Há amigos que estão a uma esquina de mim e que precisam de um transatlântico para um abraço, enquanto há aqueles que - do Japão - me jogam seu coração num estilingue - e me fazem companhia antes de eu dormir ouvindo passarinhos cantando só para mim.
Amigos de verdade - desses que se ouvem no silêncio, que se escutam sem palavras, que se tocam mesmo na distância ... esses amigos são naus que atravessam tempestades terríveis e, mesmo assim, escapam, milagrosamente, intactas, fortes e com a certeza de que nada mais as afundará, pois nada lhes é superior na força e na delicadeza.
Quero muitos amigos assim ao meu redor. Os da esquina podem ficar em casa assistindo ao filme que termina pouco depois da meia-noite. Aos que se lançam ao mar por mim - estarei sempre aqui com pulmões para respirarmos juntos.
Estaremos sempre um. Porque amigos de verdade nunca são plurais - dois amigos de verdade são sempre um. Sempre singular.
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