"Olha, com você não vale a
pena gastar sequer um acento... Então, vou te mandar embora da minha vida agora
sem vírgulas nem exclamações. Mantenho as reticências, não para que pense em
voltar - jamais - mas para que eu não me esqueça do mal que você me fez e nem
do mal que eu mesma me fiz ao deixá-lo abrir parênteses em minha vida."
"Você não merece que eu
gaste nenhuma crase com essa sua sintaxe mal feita, essa sua concordância mal
acabada. Nunca mereceu meus objetos – nem diretos nem indiretos - meus beijos,
minhas mãos nos seus pelos intransitivos de manhã. Não. E eu não quero que me
responda com citações de Clarice! Menos ainda de Hilda Hilst! Se é para me
dizer o que pensa, então, por favor, aprenda, primeiro a pensar por si mesmo."
“E se um dia, você se atrever a
pensar em voltar – cheio de infinitivos como agora – abra o livro de gramática
que lhe dei e decore a conjugação de um verbo irregular antes. Só então volte
pra mim.”
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