(pequena homenagem à minha linda amiga Elza, que nos deixou há dois meses e foi morar nas estrelas... muita saudade)
O tempo não foi te apagando na foto... não foi te encolhendo no barco que vai ficando cada vez mais longe...
O tempo só vai fazendo nascerem dias e acontecerem coisas e a gente fica assim sem saber como seriam os dias e as coisas com você neles - o que você diria do calor de hoje, da chuva - da falta dela - do excesso de estrelas no céu?
O tempo inventa capítulos novos para a nossa novela, mas nela, de repente, falta um personagem e a trama ficou estranha, ficou perdida - ou ficamos perdidos nós, os que ainda ficamos por aqui. Alguém precisa inventar novas falas, criar novas cenas, tentar compensar o tamanho imenso da sua falta em tudo.
E agora parece que aquele instante entre o fim do dia e o espreguiçar da noite ficou mais longo... é quando o tempo se perde de si mesmo e a gente pensa que pode voltar no próprio tempo e ouvir você sorrir de novo e te abraçar uma vez mais e dizer tanta coisa que ficou no silêncio... porque parecia haver tanto tempo que um silêncio entre nossa muita vida não ia fazer mal algum...
Agora o tempo despertou e já faz tempo que não nos vemos.
É hora de inventar um jeito de não murchar... que tal pensar na sua sempre alegria e de como ela nos contagia? (vou falar de você no presente, nunca no passado)
Vai que funciona e assim a gente consegue enganar o tempo e por um pouquinho, pelo menos, sentir você aqui de novo...
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