A cara no quadro na parede da sala da casa da rua Antônio Bezerra da cidade de São Paulo no Estado de São Paulo no Brasil na América do Sul no hemisfério sul no planeta terra no sistema solar na via láctea no universo... este mísero, ínfimo, infame, faminto universo fêmea em que a cara está presa pra sempre no quadro preso pra sempre na parede presa pra sempre na casa presa pra sempre na rua que prenderam pra sempre a um nome cujo dono ela nem conheceu - nem ela nem eu. Eu que olho minha cara presa na cara presa no quadro da parede que vai, aos poucos, ficando velha como o resto todo deste universo fêmea, faminto, infame, ínfimo e mísero em que me encontro sem espaço pra sobreviver a mim e a expansão do que há dentro em mim. Em mim, não no quadro nem na parede nem na casa nem na rua, muito menos no Antônio que emprestou o nome à rua que aprisiona a casa que aprisiona a parede que aprisiona o quadro que aprisiona a cara que aprisiona eu.
PALAVRAS NA POESIA DA PROSA NOSSA DE CADA DIA Blog de poesia e prosa ou prosa e poesia - enfim - textos, versos, rimas e não-rimas - sentimentos transformados (transtornados) em palavras. Para cada instante um texto. Para cada texto uma vida inteira
Lindo,sútil e singelo,perfeito.
ResponderExcluirEu fico sempre em silêncio após o verbo amor ser conjugado.
ResponderExcluirInteressante sermos escolhas, escolhidos.
Importante ser este todo que escolhemos e necessitamos,
agora voce não é só o leandro, voce é anseio, parte importante de um todo que precisamos reconhecer e ler , reler.
Entre os silêncios existe poesia,e as vezes a alma do poeta machucou-se(?) e silenciou.
Estamos em silêncio e esperando.
Seu tempo sutil, mas, frida kahlo, este tempo, curado,liberta aos poucos seu verbo, nosso meio poético de enxergá-lo.
Tateando te encontramos, com jeito.
Pulsátil,declarativo.
Aninhá-lo, em mil abraços.
Estamos aqui, ás vezes feito mil pedaços, mas juntos para caminhar nesta jornada de lembranças, destas velhas lembranças. Paz poeta.
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