Ah, essa tua carne morena coberta de pelos! Essas mãos grandes que conhecem meus
esconderijos mais escondidos! É a tua mão que me devora antecipada
quando me afaga os cabelos da nuca (tu não esqueces de me levantar os cabelos e
de encostar teu corpo todo no meu, só para que eu sinta quem é que me guia
enquanto eu perco a direção) e é tu que me deixas louca quando me morde o canto da boca.
Depois me tatuas a pele com a
barba desenhando em minhas costas - com a dor lenta que todo prazer sempre tem
- estradas de se perder pra sempre (as mesmas onde perco a direção).
Eu só preciso sentir teu corpo
agora - dá-me teu corpo - põe teu corpo em mim, em minhas mãos tão menores que
as tuas - põe teu corpo em minha boca, põe!
Quero teu corpo agora. Todo ele
atracando em meu cais e me afogando enquanto pesa sobre mim!
Enquanto me doma e me incendeia e
me põe em erupção quando me tem assim - inteira - tua - só para o teu prazer,
só para te satisfazer, tua cativa - perdida, sem direção, sendo guiada pela tua
mão forte em minha nuca no meio do oceano imenso que existe entre os
continentes das tuas pernas.
Perfeito!
ResponderExcluirMuito obrigado! Gosto, às vezes, de escrever, assim, despertando o lado mulher que todos temos.
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