A parte de mim que se abre e canta
não é a mesma que, em prantos, lamenta...
nem é aquela que senta e pondera
ou a que espera a pedra do tempo
passar
A parte de mim que se cobre à toa
não é a mesma que, aos saltos, entoa
uma canção doida de desninar
nem é a que desespera e levanta
ou a que aguenta o vento a chuva
levar
A parte de mim que avoa
é a parte melhor de mim
é a que me faz maior que eu
que me isca e me anzol
que me calça e me descansa
Esta parte que - vez ou outra -
me mora
é o que o meu nome chama
quando me chama paixão
quando me espia
me arrepia
quando me tira o chão...
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