Pular para o conteúdo principal

PLENITUDE



Ser seu é o que me faz mais eu

Quando toco seus lábios com os meus
E quando percorro o mapa do seu corpo me perco e me encontro...
Quando mergulho no mar do seu amar
E caminho na estrada dos seus braços
Me entrego e me conheço... Quando deito na grama do seu peito
Na paz do depois de nós dois
Morro e revivo no mesmo instante
Aquele em que os olhares se esbarram
E um sussurro ainda sem ar...
Diz e, ao mesmo tempo, escuta
Um mesmo eu te amo em duas vozes
Iguais e, ainda assim, dessemelhantes
Mesmas e, ainda assim, inteiras... Não somos metades
Somos plenos...
Mas sei que quando sou seu
Ainda mais pleno me sou

Porque ser seu é o que me faz mais eu.

#poesia
#poema
#poemadeamor
#literatura




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CASULO

A cara no quadro na parede da sala da casa da rua Antônio Bezerra da cidade de São Paulo no Estado de São Paulo no Brasil na América do Sul no hemisfério sul no planeta terra no sistema solar na via láctea no universo... este mísero, ínfimo, infame, faminto universo fêmea em que a cara está presa pra sempre no quadro preso pra sempre na parede presa pra sempre na casa presa pra sempre na rua que prenderam pra sempre a um nome cujo dono ela nem conheceu - nem ela nem eu. Eu que olho minha cara presa na cara presa no quadro da parede que vai, aos poucos, ficando velha como o resto todo deste universo fêmea, faminto, infame, ínfimo e mísero em que me encontro sem espaço pra sobreviver a mim e a expansão do que há dentro em mim. Em mim, não no quadro nem na parede nem na casa nem na rua, muito menos no Antônio que emprestou o nome à rua que aprisiona a casa que aprisiona a parede que aprisiona o quadro que aprisiona a cara que aprisiona eu.

SER POETA SEM SER

Ah, esta luta esta labuta Cá estou num avesso de digestão a gerir palavras em vão! Ah, a crueldade do poema! A dor de cada verso A dor de saber-se assim Imperfeito assim Assim feio... Por que não calar de vez a voz? Por que insistir assim? Édipo cego sem pai sem mãe sem luz Em busca de ver com mãos e bocas a poesia que me habita e que me falta Está em mim, sombra em mim... Mas não é minha, não de mim Se a toco de leve foge, se a estupro finge-se de morta e eu, enfim Finjo-me assim De poeta sem ser.

Será que é um stand up?

Lamento, mas não tenho nenhuma história para contar. Nem piada. Aliás, muito menos piada. Não, eu não sou acrobata, também. E se fosse? Qual o problema com acrobatas? Detesto gente preconceituosa! É só falar que é acrobata e todo mundo já imagina você lá, na esquina, no farol fechado, jogando bolinha para cima. Não sou acrobata, mas se fosse, assumiria, e daí? Ninguém tem nada com isso, as bolinhas são minhas, jogo onde eu quiser. Cantar? Eu? Só se fosse a gostosa ali da primeira fila. E para falar a verdade, acho que nem essa cantada ia dar certo, eu ia acabar desafinando. E sem essa de bossa-nova, nem João Gilberto nem Nara Leão, povo chato, sou muito mais Wilson Simonal e Toni Tornado. Aliás, alguém aí sabe que fim levou o Toni Tornado? Furacão a gente até ouve falar, terremoto, agora, é todo dia, mas tornado, ainda mais negão e com nome de Toni a gente não vê nem ouve falar já faz tempo. O quê? Se sou jogador de futebol? Ah, sim, claro, sou sim, e isso aqui, minha filha, isso aqui ...