Morte não mata a vida vivida... mata a que se tem pra viver...
arranca da terra sob a estrada o futuro que havia de haver -
aborta o feto mal feito do tempo que o tempo nunca vai ter -
Morte é avesso...
verso esquecido atrás do esquecimento... numa folha sem papel
verso sem som ... resto de um Natal passado
peso de papel tombado
um corpo gelado na cama
um morto ao lado me chama... e agora é tarde demais pra não morrer de novo... pra não morrer de tanta vida... pra não morrer pra sempre.
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