Queima em mim o eclipse de dois sóis
arde-me a alma como ebulição
inquieta-me o ar que
ainda há de me respirar
Sou a soma de sobressaltos
e o espaço sobressaltado
sou o assalto passado a limpo
antes do assaltado cair em si
Soma-me a soma do que
em mim me subtrai
Trai-me a palavra que me sai
sem pausa, na pressa,
que me ensaia na estreia
que me anseia e me seca...
Queima-me um eclipse de dois sóis...
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