Estamos todos atravessando desertos e não somos mais que hóspedes
temporários deste(s) nós em que habitamos.
Às vezes a travessia parece maior que a soma dos passos que temos.
Então olhamos pra frente, olhamos pra trás e é só deserto o que vemos.
Um imenso deserto a nos atravessar, a nos habitar.
Parar a caminhada não nos salva.
Acelerar a caminhada não nos salva.
A única salvação do deserto em nós é atravessá-lo caminhando
Com os passos que temos
Nos espaços que escolhemos.
Dentre as poucas escolhas que temos.
Pois a vida, enfim, é essa solitária travessia no deserto que
existe entre os dois lados da ponte do adeus.
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